Quem boa cama faz…
Num curto espaço de 5 meses e picos, o sr Henrique Monteiro escreveu 2 vezes sobre a senhora Ana Avoila, no Expresso online, nada a dizer, nihil obstat. Da primeira vez, após consultas efetuadas na Net, o senhor Henrique descobre que D. Ana milita no PCP, é dirigente sindical de longa data e de escassos cometimentos: durante o seu consulado, os direitos adquiridos definham a olhos vistos, um caso de insucesso invulgar, de que só ela se pode queixar… Provavelmente em desespero de causa, a senhora vira «profissional da contestação» (e não colabora porquê?) «O que faz correr uma pessoa assim?» - perguntava então o sr Monteiro aos seus botões. Pessoalmente, não sabia que a senhora Avoila corria, mas a sugestão que fosse corrida fica.
Mais tarde, o senhor Monteiro topa D. Ana a fazer novamente das dela. O quê concretamente? Um gesto à Enzo Perez, avança um dedo hirto à moda do senhor Steinbrück, arma um gesticulado estilo Manuel Pinho? Não, ei-la que monta uma chinfrineira, com cartazes vermelhos metidos ao barulho (um deles fica do avesso, coisa inestética, por sinal), nas galerias da Assembleia da República, o que deixa um secretário de Estado com os cabelos em pé. Afinal não tinha sido afastada da vida sindical, está ela para ali com um grupo de capangas a protestar, com desrespeito ao chão sagrado que pisa, esta mulher é do piorzinho que se tem visto… Estará a senhora Avoila protegida por um estatuto especial tipo do treinador Jesus, ou tipo do filho-família que o juiz do estado do Texas não condenou, pelo facto dos ricos pais não o terem formado à maneira, dando de barato, ou tipo do sr Jardim que acumula salário e pensão?… Fica perdida uma boa oportunidade de a calar, infringe os regulamentos, teria que ir de cana, não é?
Aqui para nós que ninguém nos ouve, senhor Henrique Monteiro, não andará a senhora Ana Avoila a tramar a tomada do parlamento pela força? Note que ela fez parte de um dos comandos de sindicalistas que ocuparam ministérios, sem que o SIS conseguisse topar! Isto é fascismo puro e duro, que horror!…
Aconteça o que acontecer, continue a escrever, senhor Henrique Monteiro, é motivo para gaudio, caríssimo. E defender a honra do convento é glorioso!