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oitentaeoitosim

31
Ago16

Trinta e um de boca III

Jorge

A - O PAN e o BE gostariam que fossem servidas refeições vegetarianas em hospitais, cadeias e escolas.

Se deixasse de haver pessoal a pisar o risco e a deixar-se apanhar com a mão na massa, as prisões passavam à história. Poucos lamentariam, guardas prisionais inclusive, que os estabelecimentos prisionais fossem à vida ou que ficassem às moscas. Mas, por enquanto, isso é miragem e as celas mantêm-se prontas a albergar o lúmpen da sociedade. Parece estar longe de ser comprovado que a comida vegetariana contribua de alguma forma para o alívio do amargor e do ramerrão do cárcere. Mas, nunca se sabe! Uma redução de pena sabe sempre bem...

Parecem aproximados os tempos em que as atuais escolas terão os dias contados. Não deixariam muitas mágoas, a não ser a profes e funcionários, o fecho de estabelecimentos escolares, nos atuais moldes. Os donos das eficazes escolas privadas ficariam inconsoláveis, mas aí teriam de partir para outra, para a escola virtual, do futuro, com qualidade. Mas, enquanto o pau vai e vem, folgam as costas: a escola com aulas dadas a horários certos e com cantinas está para lavar e durar. Parece estar longe de ser comprovado que a comida vegetariana possa contribuir para a correção de comportamentos desviantes, por exemplo. Ou para a melhoria do sucesso escolar. Em educação, vale a pena inovar sempre...

Quanto aos hospitais, sejam públicos ou privados, vão ampliar-se mais e mais. Para garantia de todos os profissionais que labutam para curar achaques e males, novos ou velhos. Não há alternativa, caso o reforço da esperança de vida e a longevidade sejam um objetivo da humanidade. Agora não parece ser crível que os estabelecimentos de saúde não incluam no seu cardápio a dieta vegetariana. O mesmo se diga das dietas mediterrânica, crudívora e a macrobiótica. Daí que não se entenda a preocupação das 2 agremiações cívicas relativamente a este tipo particular de alimentação.

As francesinhas, os grelhados no carvão, o cozido à portuguesa e o marisco não mereciam também uma promoção?

B - A poluição do ar pode estar associada a um terço dos acidentes vasculares cerebrais (AVC) a nível mundial.

Assim conclui um estudo, publicado recentemente na revista Lancet. Desconheço as condições em que o citado estudo foi feito, nem sou perito na matéria. Mas, na minha condição de peão militante, irrita-me, por exemplo, ter de engolir fumaradas produzidas pelos carros que, supostamente, não trazem grande perigo para a saúde das rapaziadas e das raparigadas. As fábricas é que nos lixam! O tabaco esse então é super maléfico. E não se proíbe a produção de cigarros e correlativos, porquê? Nada, nadais, inda alguém se lembrava de sugerir a interdição da hiper lucrativa indústria dos popós e correlatos! A ser verdade o que a Lancet publicou, não se entende como um estudo destes não foi intercetado. A não ser que a revista seja mesmo furreca...

C – A área ardida pelos incêndios, em Portugal, durante este verãojá corresponde a 100 000 campos de futebol.

A onda de incêndios continua. Ou porque está estabelecida uma mafia dos incêndios, ou porque os incendiários estão na crista da onda, ou porque ninguém limpa as áreas verdes a preceito, ou porque os meios de combate são caros e apagar incêndios seja bom negócio, ou porque tem falhado o profilaxia justa. Essa de comprar a madeira mais baratinha também colhe, embora isso seja fatal como o destino. Quem compra baratinho as árvores queimadinhas faz um grande favor ao país. Como grande favor fazem as empresas que recebem estagiários e depois exigem uns trocos de volta, estão a ajudar malta que não tinha por onde se safar e isso é que se aprecia. Já não se aprecia que a grande maioria das empresas não pague a tempo e a horas, mas isso não é para aqui chamado, que isso é dever do Estado tão só. Já agora, não era possível fazer uma campanha a chamar a atenção para a gravidade de se atirar piriscas, bitucas e sobretudo cacaria para dentro das áreas verde, em qualquer altura do ano? O que não vou mesmo à bola é com a teoria da conspiração, elucubrada por um cunhado meu: que há para aí uns tunantes da direita dispostos a multiplicar os problemas da governação atual. Em desespero de causa, proíba-se a venda de isqueiros e amorfos ou destine-se os terrenos queimados à prática desportiva...

 D – As 3 vítimas mortais dos incêndios havidos recentemente na ilha da Madeira eram senhoras, sendo que 2 estavam aparentadas.

O fogo e a água são maus amos e bons criados, é voz corrente. O fogo não perdoa, sempre que toma conta da situação. Leva tudo à sua frente e espalha dor. A água idem. Que o digam os madeirenses que conhecem de ginjeira os maus amos. No verão de 2016, o fogo, ateado à má fila, investiu forte na ilha da Madeira. Não contente com a destruição de bens materiais, roubou vidas. De três senhoras, já idosas, por sinal. Apanhadas à traição, dentro das suas habitações habituais. O fogo é mesmo bom, quanto está debaixo da panela ou do grelhador. Acontece que 2 dessas senhoras eram sogra e nora., sendo que a nora não quis deixar abandonar a sogra. Já ouvi dizer por ali que a nora é um pedaço da sogra.

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 «Estava para aqui a matutar nesta: por que razão faço eu passar mal a pessoas de bem?»

31
Ago16

Trinta e um de boca II

Jorge

 

A – Ainda há conflitos bélicos que se eternizam, outros mais recentes que causam elevadas baixas, mas são os atentados mais atuais que provocam grande agitação nos média.

Em tempos de guerras não formalmente declaradas, é inadmissível que seja vertido sangue humano. Mais inadmissível é quando, sem declaração formal de abertura de hostilidades, estalam conflitos em que são atingidos cidadãos de países com largas reservas de armas e/ou detentores de largas inovações nos vastos domínios armamentistas. Aí, os média desfazem-se em manchetes horripilantes. Com toda a razão! Mais discretas são as notícias e reportagens de chacinas e carnificinas perpetradas noutras paragens. Olhos que não veem, coração que não sente... Quando surge uma reportagem, ou uma foto enternecedora, cai uma lágrima do canto do olho. Como diz um amigalhaço cá dos meus, dispusessem os países mais pobrezinhos (os mais atingidos por atrocidades) de órgãos de informação mais capazes e outro galo cantaria... Logo, fica afastada a hipótese que as vidas do Ocidente, grande investidor em armas - o decoro e a moral vigente – valham mais que as restantes...

B – Fez manchete em jornais a constatação de que «os mais pobres são os mais doentes».

Não conheço as tiradas todas do Sr. de La Palisse, mas acho que ele não se atreveria a tanto... Está na cara: Se o disfrute de bens e serviços está na razão direta do quinhão de mais-valias detido, naturalmente que a plebe não tem muito poder de compra e lá terá de suportar melhor ou pior com as dores tipificadas. Isto é tão certo quanto é verdade que as farmacêuticas apostam mais em novos remédios destinados a doenças que atinjam mais cidadãos de países desenvolvidos. É assim a lógica do mercado. Estão a imaginar uma parangona assim: «Os abonados estão mais imunes aos efeitos nefastos das catástrofes naturais»? Cabe lá na cabeça de alguém que isto possa ser minimamente sustentável? O dito senhor coraria de vergonha...

C - Presos arriscam vida para salvar guarda prisional.

É suposto que prisioneiros não morram de amores por um qualquer guarda prisional cuja profissão é mantê-los encafuados na choça. Desde que entram, até que chegue a hora de se porem ao fresco, seja pelo gozo de liberdade condicional, seja por licença temporária, seja pelo cumprimento total da pena. Pois bem, um grupo de pessoas privadas das suas liberdades por razões que não vêm ao caso pôs-se a gritar a plenos pulmões, assim que se apercebeu que o seu guardião de turno estava a passar por uma mau bocado. Por acaso o guarda prisional estava a ser acometido de um ataque cardíaco. À conta da barulhada, podiam ter levado que contar, umas cacetadas, um balázio até, quem sabe? Estavam avisadas que não podiam armar confusão fosse a que pretexto fosse. O guarda safou-se.

D – Os Jogos Olímpicos decorreram bem, na cidade do Rio de Janeiro, contrariando temores inicias, pouco fundamentados, pelos vistos.

Os JO que ainda não albergam todas as competições existentes por esse mundo fora. É um facto incontestável (quando se imporá o «lobby» do hóquei em patins?)! Ficaram atribuídas muitas medalhas (as medalhas dos desportos coletivos não contam uma-a-uma para o medalheiro do respetivo país, porquê?). Foram batidos muitos recorde (os técnicos também não deveriam ser agraciados?). Foram anunciados muitos ídolos (esperemos que nenhum tenha pés de barro). A minha coroa de louros vai para aquela família de um treinador alemão, de canoagem. O senhor morreu de forma imprevista durante os JO. Todavia, foi permitido que o seu coração, o seu fígado e os seus rins continuassem a garantir a vida de outros 4 seres humanos ignotos. Vae victis (ai dos vencidos, da vida, pois!)  

mick-stevens-another-nice-guy-this-place-is-lousy-

«Mais um gajo porreiro... já chateia um lugar assim com tantos gajos porreiros!»

18
Ago16

Cronicão 3

Jorge

O Sr. Mário Centeno atual ministro das Finanças (MF) vai de abalada à América que é como quem diz aos Estados Unidos da América (EUA) país igualmente conhecido por States ou pela sigla um tanto ou quanto insidiosa de USA embora a maioria dos intervenientes na comunicação social designe esse país por América uma fórmula redutora que corresponde aos interesses dos EUA mas chateia até ao tutano os outros países e populações do continente americano não muito dados a figuras de estilo da língua como a sinédoque que toma a parte pelo todo ou o todo pela parte e que está na linha da metonímia que toma o continente pelo conteúdo e a parte pelo todo a falta de cultura dá nisto…

O atual MF parte para os EUA a tentar sensibilizar os empresários gringos para a carestia e para a remediação das pústulas da economia e das finanças do Retângulo ou não morassem lá os comandantes das tropas que põem e dispõem a seu bel talante das contas dos países do orbe terráqueo um beltrano meu amigo e que a si próprio se tem na conta de renomado especialista em leitura de entrelinhas não se conteve na altura e disse preto no branco que o Sr. Centeno foi lá pedir esmola e que o óbolo recolhido nem deu para cobrir as despesas da comitiva seleta que o acompanhou e foi ainda mais longe que teria sido melhor ter ido ao «Shark tank» onde poderia ter sacado umas lecas mais avantajadas caso o orçamento estivesse bem balanceado o que não se sabe ser bem o caso…

Se os ditos empresários ficaram impressionados com os projetos apresentados pelo atual MF fecharam-se em copas até hoje nem tugiram nem mugiram uma cena facilmente entendida à luz dos cenários enformadores das grandes decisões empresariais os empresários têm de consultar uma série de gurus têm de analisar muitos gráficos no Excel têm de analisar múltiplas propostas de localização têm de apreciar planos de engenharia financeira inerente logo estas coisas requerem a lembrar todos aqueles casos vertidos na e para a comunicação social dia-sim-dia-não e que envolvem rusgas em mansões herdades clubes e escritórios acometidos a figurões e casacudos cá da praça a precipitação é inimiga da exigência e do respeito aos maiorais felizmente que para a arraia -o código de conduta é mais curto…

Na oportunidade o Sr. Centeno o tal que já achou e não sei se ainda acha que ter 2000 euros de rendimento mensal é privilégio e que também gosta de se fazer acompanhar por banqueiros conhecidos de ginjeira e prestimosos a passar microfones argumenta forte vocês apareçam lá na terra com a massa que os nossa mão-de-obra não é muito exigente antes pelo contrário até sai muito barata vá lá não demorem muito a tomar uma decisão as leis laborais estão de feitio parece que se esquece de referir a acalmia social mas isso é despiciendo face aos apoios de que goza a solução governativa que o MF integra.

O que ele se lembrou de dizer! no segundo imediato levanta-se semelhante chavascal por todo o país que sobrevive até aos nossos dias são muitas vozes a lavrar o seu protesto que o Sr. Centeno meteu a pata na poça na ocasião antes tivesse aparecido de cachecol nacionalista ao pescoço que o MF atual fez de cavaleiro da triste figura que deixou cair os seus concidadãos na lama que o MF pôs o dedo da ferida quando não tinha sido mandatado para tal que não há direito andar a angariar mundos e fundos por conta de sermos pobrezinhos esquecendo-se de acrescentar que somos pobres mas honrados que precisamos de taco como de pão para a boca mas não nos devemos pôr de cócoras que seria bem melhor que nos perdoassem as dívidas antigas estão cheias de bolor e o bolor rapidamente se propaga e causa doenças que fosse ele o Sr. Manuel Pinho dos  corninhos e dos chinesinhos que têm a mania que já saíram da cepa torta e já estaria na alheta a esta hora e a tentar reaver prebendas por trabalhos incertos que fosse ele trabalhar para uma empresa dessas que paga poucochinho a ver se ele gostava ele que se acha com direito a ter uma vida folgada tem sido o bom e o bonito e o Sr. Centeno já não sabe onde se meter tal o escarcéu....

PS1 – O último parágrafo não é verdadeiro mas não merece castigo.

PS2 – Entretanto resultados palpáveis das diligências encetadas não se fazem sentir  que se lhe há de fazer?

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«Sim, ele é neurótico - É uma situação comum em neurologistas»

 

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