Trinta e um de boca III
A - O PAN e o BE gostariam que fossem servidas refeições vegetarianas em hospitais, cadeias e escolas.
Se deixasse de haver pessoal a pisar o risco e a deixar-se apanhar com a mão na massa, as prisões passavam à história. Poucos lamentariam, guardas prisionais inclusive, que os estabelecimentos prisionais fossem à vida ou que ficassem às moscas. Mas, por enquanto, isso é miragem e as celas mantêm-se prontas a albergar o lúmpen da sociedade. Parece estar longe de ser comprovado que a comida vegetariana contribua de alguma forma para o alívio do amargor e do ramerrão do cárcere. Mas, nunca se sabe! Uma redução de pena sabe sempre bem...
Parecem aproximados os tempos em que as atuais escolas terão os dias contados. Não deixariam muitas mágoas, a não ser a profes e funcionários, o fecho de estabelecimentos escolares, nos atuais moldes. Os donos das eficazes escolas privadas ficariam inconsoláveis, mas aí teriam de partir para outra, para a escola virtual, do futuro, com qualidade. Mas, enquanto o pau vai e vem, folgam as costas: a escola com aulas dadas a horários certos e com cantinas está para lavar e durar. Parece estar longe de ser comprovado que a comida vegetariana possa contribuir para a correção de comportamentos desviantes, por exemplo. Ou para a melhoria do sucesso escolar. Em educação, vale a pena inovar sempre...
Quanto aos hospitais, sejam públicos ou privados, vão ampliar-se mais e mais. Para garantia de todos os profissionais que labutam para curar achaques e males, novos ou velhos. Não há alternativa, caso o reforço da esperança de vida e a longevidade sejam um objetivo da humanidade. Agora não parece ser crível que os estabelecimentos de saúde não incluam no seu cardápio a dieta vegetariana. O mesmo se diga das dietas mediterrânica, crudívora e a macrobiótica. Daí que não se entenda a preocupação das 2 agremiações cívicas relativamente a este tipo particular de alimentação.
As francesinhas, os grelhados no carvão, o cozido à portuguesa e o marisco não mereciam também uma promoção?
B - A poluição do ar pode estar associada a um terço dos acidentes vasculares cerebrais (AVC) a nível mundial.
Assim conclui um estudo, publicado recentemente na revista Lancet. Desconheço as condições em que o citado estudo foi feito, nem sou perito na matéria. Mas, na minha condição de peão militante, irrita-me, por exemplo, ter de engolir fumaradas produzidas pelos carros que, supostamente, não trazem grande perigo para a saúde das rapaziadas e das raparigadas. As fábricas é que nos lixam! O tabaco esse então é super maléfico. E não se proíbe a produção de cigarros e correlativos, porquê? Nada, nadais, inda alguém se lembrava de sugerir a interdição da hiper lucrativa indústria dos popós e correlatos! A ser verdade o que a Lancet publicou, não se entende como um estudo destes não foi intercetado. A não ser que a revista seja mesmo furreca...
C – A área ardida pelos incêndios, em Portugal, durante este verãojá corresponde a 100 000 campos de futebol.
A onda de incêndios continua. Ou porque está estabelecida uma mafia dos incêndios, ou porque os incendiários estão na crista da onda, ou porque ninguém limpa as áreas verdes a preceito, ou porque os meios de combate são caros e apagar incêndios seja bom negócio, ou porque tem falhado o profilaxia justa. Essa de comprar a madeira mais baratinha também colhe, embora isso seja fatal como o destino. Quem compra baratinho as árvores queimadinhas faz um grande favor ao país. Como grande favor fazem as empresas que recebem estagiários e depois exigem uns trocos de volta, estão a ajudar malta que não tinha por onde se safar e isso é que se aprecia. Já não se aprecia que a grande maioria das empresas não pague a tempo e a horas, mas isso não é para aqui chamado, que isso é dever do Estado tão só. Já agora, não era possível fazer uma campanha a chamar a atenção para a gravidade de se atirar piriscas, bitucas e sobretudo cacaria para dentro das áreas verde, em qualquer altura do ano? O que não vou mesmo à bola é com a teoria da conspiração, elucubrada por um cunhado meu: que há para aí uns tunantes da direita dispostos a multiplicar os problemas da governação atual. Em desespero de causa, proíba-se a venda de isqueiros e amorfos ou destine-se os terrenos queimados à prática desportiva...
D – As 3 vítimas mortais dos incêndios havidos recentemente na ilha da Madeira eram senhoras, sendo que 2 estavam aparentadas.
O fogo e a água são maus amos e bons criados, é voz corrente. O fogo não perdoa, sempre que toma conta da situação. Leva tudo à sua frente e espalha dor. A água idem. Que o digam os madeirenses que conhecem de ginjeira os maus amos. No verão de 2016, o fogo, ateado à má fila, investiu forte na ilha da Madeira. Não contente com a destruição de bens materiais, roubou vidas. De três senhoras, já idosas, por sinal. Apanhadas à traição, dentro das suas habitações habituais. O fogo é mesmo bom, quanto está debaixo da panela ou do grelhador. Acontece que 2 dessas senhoras eram sogra e nora., sendo que a nora não quis deixar abandonar a sogra. Já ouvi dizer por ali que a nora é um pedaço da sogra.
«Estava para aqui a matutar nesta: por que razão faço eu passar mal a pessoas de bem?»