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oitentaeoitosim

28
Fev21

Nota bene III

Jorge

Melhor é acender uma vela que amaldiçoar a escuridão

Provérbio

 

Henrique Mateus, encafuado no seu domínio, medita e regista:

. Muita gente gosta de frequentar cafés, restaurantes, ginásios e afins.

. Por isso, atualmente aí podem operar-se emissões significativas de cargas virais do novo coronavírus que todos sabem ser bem ruim.

. Gotículas e aerossóis emitidos, por alguém infetado com o novo coronavírus, ao falar alto, a cantar, ou a respirar intensamente podem difundir o dito microrganismo.

. Pode haver depósito do dito cujo em superfícies, ficando ao alcance das mãos desprevenidas de pessoas.

. O sacana do novo coronavírus pode chegar assim ao nariz, aos olhos, à boca da gente, por diferentes vias.

. Insuficiências na ventilação agravam a presença do dito vírus.

. Há sempre variadas pessoas a cruzar-se naqueles espaços comerciais que podem contribuir para uma propagação desmedida.

. Em esplanadas, há uma ligeira mitigação desta tramitação, mas nunca fiando.

. Porra, ainda por cima não se pode comer ou não convém fazer exercícios físicos com máscara.

. Daí ser admissível que ginásios, cafés, restaurantes e afins estejam encerrados, em tempos em que se impõe quebrar a pandemia.

 

Numa mesa solitária, a seu lado, pousa um jornal impresso e ele não resiste em ler, pela enésima vez, este quadro funesto: «Portugal é o único país do mundo com mais de mil casos por milhão de habitantes, numa média a sete dias, a somar-se agora aos dados da maior incidência de infeções a um prazo de 14 dias».

(Uma má posição, mesmo que a comparação seja feita entre países do mundo useiros e vezeiros em revelar dados tidos por credíveis).

 

Henrique Mateus, microempresário da restauração, daqueles de antes quebrar que torcer, mal contém um soluço.

23
Fev21

Nota bene II

Jorge

Aquando do início da atual temporada, terão ficado estabelecidas, entre as entidades que presidem ao futebol (profissional) e a DGS algumas medidas, como estas:

   . Vão a jogo os atletas que passem em testes à covid19, feitos 24h antes (entre jogos espaçados por mais de 5 dias, fazem 2);

   . Quem ficar no banco de suplentes, terá de usar máscara, o treinador principal não;

   . No festejo dos golos só se permite «cotoveladas», não são permitidos aglomerados entre os elementos das equipas (tão pouco as «rodinhas», no fim, é de crer).

Será mesmo verdade?

A primeira premissa estará a ser cumprida; a segunda idem, pelo que fica parcialmente constatado nas transmissões televisivas; a terceira praticamente ninguém cumpre, como se tem visto nas muito vistas imagens da tevê, pelo país fora.

Até prova em contrário, ninguém autua os atletas e emblemas que, de caras, mal atuam. Inclusive não custa admitir que não estejam previstas penas sancionatórias.

O bom jogo tudo consente.

17
Fev21

Nota bene I

Jorge

(Um bom mandador)

 

Avança para o microfone o dirigente máximo das Misericórdias do país, a dizer de sua justiça.

Retira a máscara da cara e, enquanto fala, retorce a dita, dobrada, entre as mãos.

 

Avança para o microfone o representante máximo das IPSS do país, a dizer de sua justiça.

Retira a máscara da cara e, enquanto fala, retorce a dita, dobrada, entre as mãos.

 

Avança para o microfone a ministra da pasta, a dizer de sua justiça.

Retira a máscara da cara e, enquanto fala, retorce a dita, dobrada, entre as mãos.

 

Avança para o microfone o primeiro ministro do país, a dizer da sua justiça.

Retira a máscara da cara e, enquanto fala, pousa a máscara, na tribuna, ao lado do microfone, depois retira-a com mil cuidados.

 

PS: Depreende-se que, depois da praxe, as máscaras retorcidas terão ido parar ao lixo e as mãos terão sido bem lavadas, mas isso já não ficou visto na reportagem da tevê.

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