Atualmente o salário mínimo nacional português anda à volta de 700 e poucos euros, coisa pouca se comparado com o de outros países da União Europeia, como o de França - a 7ª potência económica mundial -. em que aquele se situa à volta de 1650 euros. Recentemente, em França, a gasolina apresentava um preço médio de 1,665 euros por litro, em Portugal comprava-se igual produto a uma média de 1,889 euros por litro, mais caro, portanto. Por sua vez, 1 litro de gasóleo custava em média 1,921 euros, em França, enquanto, em Portugal, o mesmo se cifrava em 1,958 euros por litro, também mais caro.
Tem lógica que os combustíveis sejam mais caros em Portugal que na França, quando naquele país se ganha mais?
É assim, os países privilegiados realizam mais-valias, vendendo sobretudo bens mais essenciais (estilo computadores e tecnologias de ponta), mais valorizados nos mercados globais. Também por isso, os habitantes de tais países - com nível e qualidade de vida elevados – conseguem rendimentos mais altos. É o caso de França. Depois há outros países da cauda da tabela que vendem sobretudo bens mais básicos – logo, menos valorizados -, acabando por angariar menores receitas comparativas, à partida, daí que os seus habitantes usufruam de nível e qualidade de vida inferiores. É o caso da maioria dos países da Ásia, África e América Latina e mesmo da Oceania. Não é bem o caso de Portugal que tem alguma proximidade aos países da frente, mas ainda lhe falta muito para lá abancar.
Daí que não espante que o salário mínimo nacional francês mais que duplique o português, assim-como-quem-não-quer-a-coisa (por alguma razão os emigrantes lusos gostam de chegar-se a França)!
Agora, os preços pagos pelos combustíveis são aleatórios, flutuantes mesmo, impostos pelas circunstâncias dos mercados e evidentemente que são tolerados pelas autoridades nacionais que ainda não chegaram a um consenso sobre o estabelecimento de preços fixos, ou máximos, ou coisa parecida!
Daí que a pergunta acima alevantada registada acima assuma foros silogísticos, dado o panorama de atuação das políticas e dos mercados atuais, o caso é que o cu nada tem a ver com as calças!
Já agora, senhores do mundo, façam lá qualquer coisinha para acabar com a guerra (a pandemia diz-se próxima da extinção e a seca também!), mesmo aqui ao lado, e que está a pôr a malta - sobretudo a mais necessitada e que é a maioria - com a corda à volta do pescoço. Eu sei que a guerra é pródiga na realização de grossos capitais (então para os fornecedores de crude e gás natural, é melhor nem falar!), mas olhem que também desencadeia uma torrente de mortes de muita gente que foi colocada neste mundo por amor!...
(Já era tempo de que os xeques do petróleo tomassem a iniciativa da criação duma associação humanitária global que distribuísse uns trocos, ou uns barris de produto - ou coisa no género - aos relapsos consumidores de combustíveis fósseis menos abonados de todo o mundo, não?).
- Que pensa fazer para evitar que tanta gente viva abaixo da linha da pobreza?-
- Baixar a linha da pobreza!