À competência
Aquela senhora surge basto apelativa, num habitual programa dum canal de tevê, em que, de 2ª a 6ª, quase faz figura de corpo presente. O vestido alapa-se ao corpo – escultural, de verdade -, com um grande decote, parcialmente revelador de um par tenso de seios e uns mamilos a corresponder, entre outros pormenores daquela figura impagável.
Uma senhora jornalista, moralista assumida, não deixa escapar a oportunidade de escrever numa rede social:
- É espantoso como a tevê pública continua a usar mulheres como adereços, duma forma repugnante.
Mais:
- Afinal, não há obrigações de cumprir os mínimos em termos de respeito pelos princípios constitucionais e pelos planos para a igualdade?
Leva com muitos comentários escapistas, tipo:
- As mulheres têm direito a andar (na rua) como quiserem, sem serem importunadas.
Ou este:
- A moça veste-se como quer, como lhe apetece e como lhe der na real gana.
Sabe-se que as empresas de tevê privadas vão exigir, em tribunal supremo, o cumprimento rigoroso do respeito pelos princípios constitucionais e pelos planos para a igualdade por parte da tevê pública.
Branca de neve numa tevê privada