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oitentaeoitosim

28
Nov13

Cenas do País Tetragonal (XV)

Jorge

     Uma conglomerado bancário alojado na estranja falou alto e grosso e disse que este país que já estava encafuado num grande buraco por reincidência em pecados originais mortais e outros que tais nunca dantes redimidos (e até agravados em tempos recentes por intendentes amigos dos seus amigos) não sai já da toca coisa nenhuma. Deus perdoa para os credores e afins a hipótese nem se chega a colocar.

     (A nação esteve em tempos nas bocas do mundo por razões prazenteiras agora só por causas rasteiras encaixa vexames exames e ordens a contragosto é um fartar vilanagem).

    Vamos a um supônhamos: anda por aí um marmelo que deve uma nota a Sicrano. Sicrano já está pelos cabelos depois de muitas admoestações pelo que aplica a justiça de Fafe ou de Rio Maior e mantém incomunicável o meco fechado atado que nem paio num pardieiro qualquer. Caso seja descoberto Sicrano vai malhar com os ossos todos a Pinheiro da Cruz certo?

    Estão por aí camones de peito feito e carteiras recheadas falam grosso tripudiam sobre as leis do burgo e nada acontece a esses melros de rosto entaipado? Ninguém põe na ordem estes somíticos mais apanhados pelo dinheiro do que os agarrados aos drunfos?

    (Quando se perde a independência uma vez nunca mais se esquece?)

  De nada valeu a lição que deixaste, infante santo, estavas tu feito prisioneiro em terreno estrangeiro, declinaste um ofertório nacional feito de propósito para te safar da cafraria pois sabias das fracas garantias dadas para que fosses liberado. Hoje os cafres estão cá dentro servidos por kapos atentos e devotados apertam os renhões à malta dentro de portões com todo o à vontade dos conquistadores.

   (Por acaso houve declaração de guerra?)

     A sobredita empresa financeira limitou-se assim a juntar a sua voz a outros credores que acham que os direitos por eles adquiridos são únicos. Querem de volta as notas aqui empatadas outras mais por conta de juros que isto vai a bem ou a mal tanto faz! Vocês vivem em país de desenrascas vejam lá se descobrem um criador de galinhas de ovos de ouro ou ficam entalados numa camisa de 11 varas…

    A dita empresa a obrar de alto até podia dar uma ajudinha a tirar-nos de apertos, afinal o grupo Goldman Sachs fez 30 por uma linha nos States no início do século e arredores e tem mais culpas no cartório da crise (subprime, and the living is easy…) que certos mosquitos do Nilo na difusão geográfica da dengue. Podia usar a tarimba adquirida para dar bons conselhos, façam assim e assim tentem safar-se assim e assado mas não! O grupo quer recuperar o tempo e o vil metal perdido, portanto vai haver segundo terceiro e os resgastes necessários para mostrar cara limpa sem remelas…

    A maioria do povo não sabe que voltas dar à vida a que boia se agarrar, boa parte não sabe como compor os braços, outros entregam-se nos braços da emigração da inanição da caridade e do arrebate.

(Desta feita o país está feito ao bife entregue à bicharada! Diz quem sabe que os sacadores já perceberam que aqui é fácil mamar e já não sabem parar. Se a chave da casa não está na cinta e o cão fugiu da cozinha, fica o lar doce lar entregue aos malfeitores de ocasião…)

 

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