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oitentaeoitosim

04
Jun16

Comento 2 - Mãozinha

Jorge

O Sr. Presidente Rebelo de Sousa é homem de boca junto ao coração e de ação.

Há quem o veja a extrapolar das suas funções. Que se saiba, quem exerce outras funções altas no mando do Estado não se queixa.

O Sr. Presidente da República tirou-se uma vez mais das suas tamanquinhas e foi à Alemanha sensibilizar quem ali exerce muito altas funções no mando do Estado alemão e da UE. «Não batam mais no ceguinho, esqueçam a multa, não nos cortem as vazas, sff»!

Não foi assim, mas podia ter sido...  

De facto, sobre a grande maioria do povo português abateu-se, durante 4 anos, uma tremenda saraivada de cortes em salários, em pensões, em subsídios e mais não digo, para além de aumentos de impostos, da carestia e do custo de vida.  

Desmandos acumulados em governações recentes descambaram em défices descomunais, em endividamento externo mais-que-à-conta e em produto nacional anémico (com raras exceções, é o que a casa sempre gastou). Assim, Portugal não se tem mostrado um país competitivo, apesar de fortes injeções de capitais vindos da EU. A culpa morre sempre solteira, em país de brandos costumes (a desídia também!) ...

Portugal entrou na UE, no primeiro dia de 1986, pois se pretendia dar mais garantias à democracia e assim foi. A partir daí, passa a contar com a solidariedade financeira (com dinheiro à vista, toda a gente se benquista). Entrou no país massa a rodos, com as quais foram feitas obras de regeneração e de restauro pelo país afora e adentro; outras não passaram de planos e promessas, ou entrou-se em modo de procrastinação. Mas, os cabedais da UE não tinham 2 «v» na ponta...

Diz-se por estas bandas que «amigo não empata amigo». Mas, que se livre amigo meu que vá para o poleiro que não me estenda a mão, de molde a que deite a mão a algo que me leve a arranjar a vidinha por conta da Fazenda, levo a mal, claro!

Cá para nós, que ninguém nos ouve, se umas breves centenas de indivíduos assim agirem, percebe-se porque descarrilam contas públicas, investimentos públicos, orçamentos públicos, ou o diabo... Agora as desculpas oficiais vão por outro caminho, metem muita estatística e calão e a maioria que paga as favas fica a ver navios, mas paga as tropelias. Sobre nepotismo, nem uma palavra, ora bem!...

Ainda um dia se descobre que a UE até nem se ralou que parte dos fundos para aqui mandados se pusessem mal parados, ou lhes tivessem nascidos asinhas. Dizia-me um especialista em matéria dada: que dê um passo em frente quem ignora que dinheiro adiantado acaba malparado!

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Dinheiro, dinheiro, dinheiro! Vocês não têm mais em que pensar?

 

Metida em brios e provavelmente farta de entrar com graveto, a UE que não esquece e não é mesmo nada lorpa, espreitou a ocasião para mandar parar o baile (não há volta a dar a esta malta que deve sofrer de desídia!). Venham daí tornas, contrapartes, juros e outras alcavalas (voltaram os possidónios, quem haveria de prever?). E pagam todos para saberem como é bom (excluídos os benfeitores, os mandantes que sacodem a água do capote e seus colaços, está bom de ver)...

Não foi uma, não foram duas, foram muitas pessoas a alertar para os perigos de uma adesão a uma instituição (a EU), em que o país fazia figura de patinho feio. Cuidado que a esmola é grande, desconfiem!... A advertência caiu em saco roto, para gáudio de poucos e mal de muitos, mas a vida é assim, quem pode manda...

O Sr. Presidente da República sabe que temos de continuar a pagar, pelo muito que nos chegou da UE, mailas multas por incumprimento, ponto final. Isto deixa-o condoído, ainda por a maioria dos seus conterrâneos anda de monco caído, a fazer contas à vida, quando se trata de comprar paparoca, ou de ir ao restaurante, ou de tirar férias, ou de comprar um carro, ou de apostar numa casinha (se os impostos e os cortes não levam os magros recursos, a inflação dá uma ajuda). Ele, no fundo, no fundo gostaria de proporcionar uns miminhos à malta, em tempo de vacas magras p’ra caraças!...

Que dê bons resultados o seu empenho, a sua jogada diplomática ou a «cunha» que tentou junto da Sra. Merkel. Mas, veja lá, se, a partir de agora a rapaziada que controla o Estado passa a fazer certinho e limpinho, com resiliência – o primeiro dinheiro é para pagar calotes, mai nada! – e que não vale insistir na procrastinação, nem no nepotismo (que tal uma campanha nos media?). Naturalmente é preciso bulir a todo o vapor, na batalha da produção, que quem não trabuca não manduca (e não será possível conseguir travar a alta de preços galopante, pois os mercados!...).

Que não lhe doam as mãos, aperte com eles e com todos (não me ponho de parte!) Caso a população embique na preservação dos arranjinhos (até para entrar no céu, pede-se o empenhos a figuras bentas, veja lá!), Vexa mais vezes será obrigado a estender a mão à comiseração dos benfeitores...

(Não resisto a contar uma estória. Pessoa minha amiga costuma dar alguma coisita a um rapaz novo que representa a preceito o papel de esmoler à porta de um híper das proximidades; ao que se diz, o artista é useiro e vezeiro em trocar óbolos recebidos por produtos que lhe proporcionam momentos de evasão e, de volta à mesma penúria, põe-se de mão estendida a puxar pelas cordas mais sentimentais dos frequentadores daquele templo de consumo. Não consta que tencione mudar de vida em breve...)

Já o vejo, Sr. Presidente, aos ombros da grei. O que era bom à brava era mesmo o país livrava-se de levar mais uma porrada e calavam-se os eurocéticos cá da terra (eles são céticos em quase tudo e, às vezes, saudosistas).

Eu não consigo imaginar o país marginalizado pela UE, a tratar da vida a solo. Há certas coisas que sabem melhor, em companhia... Orgulhosamente sós já não dá, não acha, Exa?

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