Diálogos de outono (7)
- Dê lá qualquer coisinha a um pobre.
- Ora aqui tem um pão alentejano.
- Muito obrigado e que Deus lhe pague!
- Ora essa, não custa nada dar a quem precisa!
- Dê lá qualquer coisinha a um pobre.
- Ora aqui tem um pão alentejano.
- Muito obrigado e que Deus lhe pague!
- Ora essa, não custa nada dar a quem precisa!
- Dê qualquer coisinha a um necessitado.
- Ora aqui tem um pacote de leite.
- Muito agradecido, sorte é o que mais lhe desejo!
- Homessa, faço-o com a melhor das boas-vontades!
- Dê lá qualquer coisinha a um pobre de um necessitado, pelas alminhas!
- Aqui tem um saco de maçãs.
- Muito obrigado, meu benfeitor, vai ver que não se arrepende de fazer o bem!
- De nada, temos de ser uns para os outros.
- Dê lá qualquer coisinha a um pobre de um necessitado que tem 4 filhos em casa!
- Aqui tem um saco de batatas.
- Que S. Bárbara a cumule das suas graças, minha benfeitora!
- Pardeus, é lei de Deus fazer o bem!
- Dê lá qualquer coisinha a um pobre de um necessitado que tem 4 filhos em casa sem nada para comer!
- Aqui tem 4 embalagens de iogurtes.
- Muito obrigado, Deus que tudo vê há de recompensá-lo como só Ele sabe!
- Ora essa, hoje está você, quem sabe se amanhã não serei eu a estar desse lado!
- Dê lá qualquer coisinha a um pobre de um necessitado que tem 4 filhos em casa sem nada para comer, há 2 dias!
- Ora aqui tem 4 pacotes de bolachas.
- Muito obrigado e que Deus o abençoe!
- Ora não fiz mais que o meu dever, a caridade bem entendida começa sempre por nós!
(Ao fim de algumas horas, quem assim pedia abalou até uma casa devoluta, habitação habitual sua e de outras 5 pessoas que com ele coabitavam. E havia um número significativo de pessoas nas redondezas, à espera de melhores dias, para breve...)
(Este é o nosso plano de reforma)