E siga a dança!
Volta o beija-mão sindicado.
Em negociações apadrinhadas pelo cetro
Com timings impostos.
Os fuões possidentes mailos sequazes agarram-se ao pau da cenoura.
A que sempre se julgaram com direito.
O pão de todos, de todos os dias, pertence-lhes por etéreo fado.
Ai querem aumento do ordenado mínimo, mais uns tostões?!
E o que nos dão em troca?
Decidam-se até ao próximo ano…
Voltámos sem peias à mó de cima.
Ou cedem nas condições de laboração
Ou ficam de mãos vazias…
As leis da selva e a ciência da escassez demarcam os campos.
Queima-se miríades de velas e panchões junto aos altares do bezerro de ouro.
Se o trabalho é mercadoria, que compita pela saúde, pela habitação, pela saúde…
O que se resolvia com mais um punhado de tostões a juntar à mesa(da) escassa?
Um qualquer aumento castiço
Arrasta em 2 tempos as 3 moedas...
A abertura solícita à esmola que se pondera rende votos à outra parte.
Que vem cerzindo sem dó nem piedade
A canga do medo.
Atenção, senhores e senhoras que caranguejais:
Quem se mete por atalhos, mete-se em trabalhos.
Quem seu amigo quer conservar, com ele não há de negociar.
(O negócio de honra é na faca.)