Há com cada uma!
- Olhe, por favor, não me pode dar uma garrafinha de água da torneira?
- Lamento, mas não me vai fazer subir ao 3º andar e voltar!
- Desculpe o incómodo!
- É que o prédio não tem elevador, é só por isso...
- Preciso de uma garrafinha com água para resolver um problema do carro que empanou ali, está a ver?
- Pronto, aqui tem a sua garrafa de água!
- O senhor comprou essa água para beber, não se incomode, vou bater a outra porta!
- Faço questão, sejamos uns pelos outros!
Assim mesmo!
Bártolo trazia consigo um saco com compras, feitas numa sucursal de um hipermercado que ficava paredes-meias com o prédio em que costuma habitar.
Bártolo, por acaso nunca comprava garrafas de água, só garrafões, mas desta feita fê-lo, porque previa sentar-se um pouco, a meio do percurso, de volta a casa. Fazia um calor de criar bicho.
Por impulso, Bártolo seguiu sempre direto, até à porta de casa, onde foi abordado, por uma condutora aflita.
Quando Bártolo alcançou a varanda do 3º esquerdo, o carro empancado tinha continuado o seu percurso.